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BOM JARDIM


HISTÓRIA DA CIDADE

O Município de Bom Jardim foi criado através da Lei Estadual 37 de 17/12/1892, porém sua instalação tem data posterior: 05/03/1893. Teve sua origem nos municípios de Cantagalo e Nova Friburgo.
Localizado na região serrana do estado, a uma altitude de 574 metros, e distando cerca de 20 quilômetros do município de Nova Friburgo, apresenta temperaturas médias 10ºC no inverno e 27ºC no verão. O Município possui uma área de 384,98 Km2 e entre os distritos da cidade, podem-se citar Bom Jardim, São José do Ribeirão, Banquete e Barra Alegre.

Os municípios da região tiveram a colonização influenciada por descendentes de alemães (Brust, Emerich, Erthal, Heckert, Miller, Shott), suíços (Ballonecker, Marchon, Bohrer, Marfurt, Bercot, Monnerat), franceses, portugueses e libaneses.
A ocupação das terras do atual município de Bom Jardim está diretamente ligada à ocupação das terras auríferas de Cantagalo. Nos finais do século XVIII e no início do século XIX a Coroa Portuguesa passou a distribuir cartas de sesmarias na região a fim de promover a sua ocupação.

Várias sesmarias foram solicitadas nas margens do Rio Grande onde hoje se localiza o município de Bom Jardim. Em 1819, já com a família Real do Brasil, foi instalada uma colônia suíça a apenas 4 léguas da atual sede do município. Em 1824 uma colônia de alemães instalou-se no mesmo local. Muitos desses colonos estabeleceram-se em terras pertencentes ao atual município de Bom Jardim.

Com o desenvolvimento da lavoura cafeeira na província fluminense, Cantagalo tornou-se um grande pólo produtor e Bom Jardim beneficiou-se como rota de trânsito das tropas que transportavam o café para o Rio de Janeiro e também passou a ser produtor de café. A autonomia do município de Bom Jardim começou a ser delineada em 1857, quando a localidade de São José do Ribeirão (hoje 2º distrito de Bom Jardim), foi elevada a categoria de freguesia do município de Nova Friburgo.

Em 1875 foi inaugurado o ramal ferroviário até Bom Jardim. Em torno da estação desenvolveu-se um povoado que em 1886 foi elevado a categoria de distrito policial do município de Cantagalo. Com a Proclamação da República, a freguesia de São José do Ribeirão foi transformada em município através do decreto nº 280 de 06 de Julho de 1891. Porém, com a promulgação da Constituição Estadual, no dia 09 de Abril de 1892 que criou novos critérios para a existência de municípios, foram extintos 14 municípios entre eles São José do Ribeirão.

Entretanto, o distrito policial de Bom Jardim, juntamente com a freguesia de São José do Ribeirão atendiam os critérios para a existência de um município. Assim, em 17 de Dezembro de 1892 através da lei nº 37 foi restabelecido o município de São José do Ribeirão com o nome de Bom Jardim e a sede na estação do mesmo nome.

Porém, subordinado a comarca de Nova Friburgo, vindo a emancipar-se em 05 de Março de 1893. No dia 31 de Dezembro de 1943, por lei Estadual nº 1056 o município passou a chamar-se Vergel, denominação que perdurou até 20 de Junho de 1947, quando uma nova lei Estadual devolveu ao município seu antigo nome de Bom Jardim que continua até hoje.

O Município de Bom Jardim se localiza na Região Serrana, sendo Bom Jardim a sua cidade-sede. Compõe-se dos distritos de Bom Jardim, São José do Ribeirão, Banquete e Barra Alegre.

Sua população residente atual é de 24.426 habitantes. Ao lado dos municípios de Duas Barras, Nova Friburgo e Sumidouro constitui uma das quatro microrregiões da Região Serrana. A sede municipal está situada a 154 km de distância da Capital do Estado, o Município do Rio de Janeiro.












FONTE:http://www.bomjardim.rj.gov.br



CACHOEIRAS DE MACACU

O povoamento da zona iniciou-se no século XVI. A Freguesia de Santo Antônio de Cassarabu foi criada em 1647 e passa a vila e concelho em 1697 passando a chamar-se Santo Antônio de Sá.
Em 1868 a sede do município passou para a vila de Santana e em 1877 passou a chamar-se Santana de Macacu, com a transferência da antiga sede municipal para o município de Itaboraí. Em 1898 passou a designar-se Santana de Japuíba.
         Em 1923 a capital do município muda de lugar mais uma vez, agora para a vila de Cachoeiras de Macacu. Em 1929 o município passa a designar-se Cachoeiras de Macacu e a sua sede é elevada a cidade.
           Os primeiros registros de ocupação do território que hoje compõe o município de Cachoeiras de Macacu datam no final do século XVI. Num pequeno núcleo agrícola instalado ao redor da antiga capela de Santo Antônio, denominado Santo Antônio de Casseribu, aproveitando a fertilidade natural dos solos, desenvolveram-se cultivos de mandioca, milho, cana-de-açúcar, arroz e feijão. Este núcleo inicial foi elevado a vila em 15 de maio de 1879, com o nome de Santo Antônio de Sá, criando-se, ao mesmo tempo, o município do mesmo nome. Entre 1831 e 1835, por conta de uma febre ordênica, conhecida como “Febre de Macacu”, houve grande perda de vidas e um significativo processo de êxodo rural, tendo se desorganizado as atividades produtivas, e o município entrado em uma séria crise.

           Em 1868, a sede municipal foi transferida do núcleo original para a Freguesia de Santíssima Trindade de Sant’Ana de Macacu, posteriormente denominada Sant’Ana de Japuiba. Até 1930, além das lavouras de subsistência, Cachoeiras de Macacu dependia diretamente das atividades da oficina da Estrada de Ferro Leopoldina, que se aproveitava da localização do município, usando-o como local de transbordo para a subida da serra. Essa função a cidade iria perder o período pós-guerra, quando o ramal ferroviário de Cantagalo foi desativado.  Uma mudança significativa ocorreu no município no início da década de 1940, a partir de experiências de distribuição de terras para assentamento de colonos deslocados das áreas de citricultura da baixada fluminense. Estes formaram as colônias agrícolas de Japuíba e Papucaia.
           Firmando-se na atividade agropecuária, o município de Cachoeiras de Macacu, hoje já sofre os efeitos do avanço da metrópole, na medida em que suas terras passam a ser procuradas como área de sítios de lazer, belas cachoeiras e sua maravilhosa Serra, que dá acesso ao Município de Nova Friburgo, bem como já se esboça a expansão de loteamentos nos limites com Itaboraí. Comporta ainda próximo ao seus limites com o Município de Guapimirim, um assentamento agrícola de grande importância chamado São José da Boa Morte, com uma extensão de quase 200 km² e que recebeu este nome por causa de uma igreja construída pelos jesuítas que também tinha esse nome. Hoje a igreja está em ruínas e é um dos principais pontos turísticos da região.

           Atualmente, o Município de Cachoeiras de Macacu é o 9º maior município em extensão territorial do Estado do Rio de Janeiro, com 953,801 Km².




CANTAGALO


Uma das primeiras referências oficiais à região, na qual surgiria posteriormente o arraial de Cantagalo, data de 1767, quando as autoridades coloniais ordenam ao Sargento-Mor Manoel Vieira Leão, a confecção de uma carta geográfica. A ignorância sobre tudo o que encerrava as vertentes da serra da Boa Vista em direção ao Rio Paraíba do Sul, bem como o território compreendido entre os seus afluentes Paquequer e Grande era tal, que se limitaria o militar a inscrever na grande extensão, hoje ocupada por quinze municípios, uma frase tão singela quanto imprecisa: “Sertão Ocupado por Índios Brabos”. É possível que Vieira Leão se referisse aos índios Coroados, bem como a remanescentes de tribos que, premidas pelas frentes de ocupação oriundas de Campos dos Goytacazes deslocavam-se para o médio Paraíba.

A região se mantivera fechada aos europeus por quase todo o século XVIII por força de cartas régias, as quais objetivando coibir o contrabando aurífero de Minas Gerais, interditavam a abertura de novas estradas e estabeleciam áreas proibidas à ocupação. Os Sertões do Leste, correspondente a zona da mata mineira, e os Sertões do Macacu, na província fluminense, eram duas delas.

Em torno de 1780, no entanto, um garimpeiro de nome Manoel Henriques, por alcunha Mão de Luva, provavelmente natural de Minas Gerais, atravessa o Rio Paraíba do Sul, invadindo o território interditado com objetivo de garimpar ouro de aluvião sem recolher a quinta parte, por lei exigida pela coroa.

A imaginação desabrida de alguns autores atribuiria a este contrabandista, a identidade de um hipotético e fantasioso Duque de Santo Tirso, nobre português enamorado da futura rainha Maria I, que desterrado por Pombal em terras brasileiras, vingava-se desta forma das autoridades coloniais. Quanto à luva, sua origem estaria vinculada a um ato de amor: Visitado secretamente na prisão por sua eleita antes de consumado o desterro protegeria desta forma o infeliz amante, a mão que fora por ela beijada uma derradeira vez.

Distante, porém, da condição de protagonista de uma lenda de amor irrealizado, seria Mão de Luva o inconteste líder de um grupo, que, à revelia das leis coloniais, explorava o precioso metal nos córregos adjacentes ao acampamento situado no centro da Cantagalo de hoje. Irrequieto e algo desordeiro existem referências a ter ele perdido ou mutilado uma das mãos em alguma refrega, protegendo desde então o coto, com uma luva de couro.

Em 1784, organiza-se a primeira expedição contra Mão de Luva e seu bando, comandada pelo Sargento-mor Pedro Afonso Galvão de São Martinho. Tiradentes, como alferes, fazia parte do destacamento, incumbido da realização de levantamentos topográficos. Uma segunda expedição, em 1786, lograria finalmente capturar o contrabandista, referido como “facinoroso” pelas autoridades coloniais. Ele, juntamente com um irmão e vários asseclas, seria levado a julgamento em Vila Rica, escravos e ouro apreendidos e o acampamento arrasado.


Quanto ao Sargento-mor, deve-se a ele a primeira referencia documental ao sítio conquistado como “Córego do Canta Gallo do descoberto do Macacu”, não explicitando o motivo de tal nome. O mineralogista inglês John Mawe, que em 1809 visitaria a região, teria colhido dos habitantes a versão de que as tropas invasoras, desorientadas por infrutíferas buscas, tinham por fim, ouvido o canto de um galo, o que os levou à paliçada defendida pelos contraventores.










CARMO


Até o século XIX, as atuais terras compreendidas nos limites do município do Carmo eram caracterizadas pela presença marcante da Mata Atlântica original e pertenciam a uma sesmaria existente no município de Cantagalo.
Por volta de 1832, iniciou-se o povoamento da região através de colonos vindos do norte-fluminense, subindo o rio Paraíba do Sul, dentro do contexto do ciclo econômico do café.
Foi então promovida a derrubada da floresta no local, construindo ali a primeira igreja matriz em homenagem à Nossa Senhora do Carmo, surgindo assim o Arraial de Samambaia que depois veio a se chamar Arraial de Cantagalo.
Conforme informações extraídas do Livro Um Século de História Carmense, que foi editado no ano de 1977, no Centenário da Matriz de Nossa Senhora do Carmo, o povoamento inicial do Carmo teria sido em torno da primeira igreja matriz:
Iniciamos a história da igreja de Nossa Senhora do Carmo, citando as datas de 26, 27,28 e 29 de maio de 1832, quando os primeiros colonos realizaram um roçado e uma derrubada, preparando o local para edificação da capela do Arraial de nossa Senhora do Carmo, no morro da Samambaia. Nascia ali o núcleo central, do que seria mais tarde a Cidade do Carmo
Com o desenvolvimento da região, o arraial tornou-se a freguesia de Nossa Senhora do Monte do Carmo, ganhando o nome de Vila do Carmo de Cantagalo.
Em 16 de agosto de 1877, é inaugurada a nova matriz da vila, cujos trabalhos de construção tinham se iniciado em 16 de julho de 1863 que só foram concluídos em 1876.
A emancipação política da vila só vai ocorrer em 1881 e, finalmente, Carmo torna-se cidade no ano de 1889.
A transformação em cidade trará profundas conseqüências para o traçado dos logradouros da localidade, a qual passou por um planejamento urbano a fim de projetar o seu futuro crescimento.
Em 1921, a Light obtém uma concessão para explorar do potencial hidráulico do rio Paraíba do Sul, na Ilha dos Pombos.










CORDEIRO


Antes de ter prefeitos, o primeiro colonizador de Cordeiro foi João dos Santos Cordeiro, pai de Manoel Rosendo Cordeiro que cedeu suas terras para as trilhas de ferro Leopoldina com direção a Cantagalo.

O cargo de prefeito passou a existir no século XX, em duas ocasiões bem distintas. A primeira foi em 1891, tendo como seu Intendente (corresponde ao cargo de Prefeito, hoje!), Dr. Bernardino de Almeida Sena Campos (Primeiro Prefeito); mais tarde, em 31 de dezembro de 1943, pelo Decreto nº 1.055, foi definitivamente criado o Município de Cordeiro, sendo nomeado seu Intendente, o Dr. Mário Vianna Neto, considerado o primeiro prefeito na definição de município. Isso se deu pelo progresso social e econômico, sendo inaugurada em 1921, a Primeira Exposição Agro-Pecuária e Industrial de Cordeiro, que permanece ativa até os dias de hoje, tal a sua importância par a economia da Região Centro-Norte e do Estado do Rio.

Os fatos que mais marcaram o Município de Cordeiro, são a seguir enumerados, ressaltando-se a data de 31/12/1934, época em que foi elevado à categoria de Distrito de Cantagalo, (mais precisamente 3º Distrito) ocasião em que ocorre grande surto de progresso que veio a culminar com sua emancipação:

1875 - Inauguração da Estação da Estrada de Ferro;
1887 - Construção da Primeira Igreja Católica;
1891 - Elevação a categoria de Vila;
1897 - Surgimento do primeiro jornal – GAZETA;
1921 - Criação do Posto Zootécnico de Cordeiro e inauguração da Empresa Fluminense de Telefones;
1930 - Criação da Sub-Prefeitura (Sub-Prefeito – João Beliene Salgado);
1942 – Inauguração da Fábrica de Tecidos Nossa Senhora da Piedade;
1943 - Elevação à Categoria de Município – Decreto nº L.055 de 31 de dezembro de 1943;
1947 - Instalação da Câmara Municipal de Cordeiro;
1966 - Instituição do Brasão do Município e emancipação do Município de Macuco (antigo 2º Distrito de Cordeiro), através de Plebiscito.


Nota: Deve-se ressaltar que Cordeiro foi elevado duas vezes à categoria de Município 24/03/1891 à 08/05/1892 e em definitivo em 31/12/1943.













DUAS BARRAS

História da Cidade

O município de Duas Barras constitui-se como território desmembrado de Cantagalo. O Primeiro núcleo da população originou-se em princípios do século XIX, na localidade Fazenda Thapera. Em torno da pequenina capela de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do município, na esfera a que se estendia a sua influência, não contavam, inicialmente mais do que isolados ranchos, casas de pau-a-pique, destinadas a oferecer abrigo a boiadeiros e viajantes.



Duas Barras teve enorme desenvolvimento na era do café e hoje possui a 2ª maior plantação de café do Estado do Rio de Janeiro, como exemplos  as fazendas centenárias do município.



A denominação de Duas Barras provém de estar a cidade localizada entre as barras formadas pela junção dos rios Negro com Resende e deste com o córrego Baú. Hoje Duas Barras é composta de quatro distritos: o da sede com a mesma denominação do município, o 2° Distrito chamado de Monnerat, o 3º Distrito de Fazenda do Campo e o 4º Distrito denominado de Vargem Grande.



O município possui um grande potencial turístico devido à preservação da maior parte do casario colonial, formando um núcleo urbano bastante agradável. A associação do relevo acidentado com a rede hidrográfica variada dota o município de inúmeras cachoeiras e quedas d´águas. Além disso possui clima ameno. Vale lembrar que os rios de Duas Barras têm suas nascentes originadas dentro dos limites do município.

A cidade e berço do cantor e compositor Martinho da Vila.

Duas Barras – RJ



Distante 175 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro faz limite com Carmo, Cantagalo, Cordeiro, Bom Jardim, Nova Friburgo e Sumidouro. Os nascidos em Duas Barras são chamados Bibarrenses. A denominação de Duas Barras deve-se às junções do Rio Negro com o Rio Rezende e deste com o Córrego do Baú, assim, formando as duas barras.




MACUCO


A história de Macuco está intimamente ligada à linha férrea, que, em 1860, foi construída pelo Barão de Nova Friburgo, unindo suas fazendas cafeeiras Boa Sorte, Gavião e Laranjeiras, localizadas na região, conhecida como sertões do Macuco, de forma a facilitar o escoamento das grandes safras para o Rio de Janeiro.

A ligação das três fazendas do Barão através dos trilhos chamou a atenção do cantagalense Bernardo Clemente Pinto que resolveu tomar para si a responsabilidade da construção de outro ramal férreo dividido em três seções: de Vila Nova a Cachoeiras; de Cachoeiras a Nova Friburgo e de Nova Friburgo a Cantagalo. E foi sob esse imenso veio de progresso que nasceu o povoado de Macuco. Levados pelo alto valor das terras da região, muitos cafeicultores fixaram fazendas nos limites à margem do Rio Macuco.

O perímetro urbano, entretanto, começou a intensificar-se com a abertura do tráfego da Vila de Nova Friburgo a Macuco, em setembro de 1876, com a extensão de 70.000 metros. Em janeiro desse mesmo ano, foi ligado a essa linha tronco, na estação de Cordeiro, o ramal partindo da cidade, com 6.600 metros. O trem, em agosto de 1883, vinha de Niterói, passava por Cordeiro e ia ao ponto terminal em Macuco.

Em 10 de setembro de 1890, o Governador Francisco Portella, baixou o Decreto de criação do Distrito de Paz de Macuco, desmembrando de Santa Rita do Rio negro. Entretanto, pelo Decreto n.º 249 de 09 de maio de 1891 foi criado o município de Macuco, desmembrando do município de Cordeiro, tendo por sede a povoação de mesmo nome, elevada a categoria de Vila, com o nome oficial de Vila Macuco. Mas em 08 de maio de 1892 o Decreto n.º 01 suprimiu os municípios de Macuco, Cordeiro e outros 12 municípios, por determinação contida no artigo 16 das Disposições Transitórias da Constituição de 1890 do Estado do Rio de Janeiro.

Após a queda da cultura de café o que se viu foi a chegada de uma nova era para Macuco: a produção leiteira. Em 1933, os produtores de leite da região já vendiam para Niterói e Rio de Janeiro sua produção transportada em latas quadradas de um metro de largura por meio metro de altura. O precursor foi o português Joaquim de Morais Cordeiro, proprietário da Fazenda Glória. Ele remetia o leite através da estrada de ferro diretamente para a Leiteria Cordeiro, em Niterói, da qual era dono. Seu pioneirismo se deu anos depois, quando os produtores de leite de Macuco se uniram para criar, o que é hoje a conhecida Cooperativa Regional Agropecuária de Macuco.


Finalmente em 28 de dezembro de 1995, em ato histórico e solene realizado no Palácio do Ingá, em Niterói, o Governador Marcello Alencar sancionou a lei n.º 2497, criando o município de Macuco.






NOVA FRIBURGO 




A colonização do território pertencente aos Municípios de Nova Friburgo e Cantagalo data do reinado de D. João VI, que autorizou, em 1818, a vinda de 100 famílias suíças, oriundas do cantão de Friburgo, para criação de uma “colônia”.
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Nomeado inspetor da povoação recém-formada, o Monsenhor Pedro Machado de Miranda Malheiros, instalou a sede da colônia, sob a denominação de Nova Friburgo, em vista da procedência dos colonizadores. As primeiras levas de colonos suíços chegaram, em número de 30 famílias, em fins de 1819 e começos de 1820, depois de serem construídos os edifícios imprescindíveis à vida da colônia.
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A 3 de janeiro de 1820, considerando o progresso da colônia, baixou o governo alvará que concedia a Nova Friburgo predicamento de “Vila” e desmembrava suas terras da área de Cantagalo. A instalação da Vila verificou-se aos 17 de abril do mesmo ano, localizando-se a sede na povoação do Morro Queimado.
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Em 1823, foi incumbido o major George Antônio Scheffer de contratar na Alemanha a vinda de novos imigrantes para o Brasil, destinados às colônias de Leopoldina e Frankenthal, fundadas na Bahia em 1816. Os colonos foram desviados, porém, desses destinos e, por motivos ignorados, encaminhados para Nova Friburgo, onde chegaram a 3 de maio de 1824.
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Em 1831, terminou o sistema de administração especial da colônia, passando sua gestão à competência da Câmara da Vila. Mais tarde, com a chegada de imigrantes italianos, portugueses e sírios, acentuou-se o progresso da localidade, que a 8 de janeiro de 1890 era elevada à categoria de cidade.
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A partir de então, tem sido incessante o progresso de Nova Friburgo, determinado pela implantação de indústrias e pela afluência de turistas atraídos pela beleza natural da zona montanhosa e salubridade do clima privilegiado.
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Gentílico: friburguense
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Formação Administrativa
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Freguesia criada com a denominação de Nova Friburgo, pelo decreto de 03-01-1821, subordinado ao município de Cantagalo.Elevado à categoria de vila com a denominação de Nova Friburgo, por Alvará de 03-01-1820, desmembrado do termo da antiga Vila de Cantagalo. Sede na antiga povoação de Morro Queimado. Instalado em 17-04-1820.
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Pela deliberação de 18-10-1889, é criado o distrito de Lumiar e anexado à vila de Nova Friburgo. Pela deliberação de 08-08-1890, o distrito de Lumiar passou a denominar-se São Pedro.
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Recebeu foros de cidade com a denominação de São Lumiar, pelo decreto estadual nº 34, de 08-01-1890, estaduais nºs 1, de 08-05-1892 e 1-A, de 03-06-1892, transferindo novamente a Freguesia da Povoação de São Pedro para Lumiar.
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Pela lei estadual nº 519, de 17-12-1901, o distrito de Lumiar voltou a denominar-se São Pedro.
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Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município de Nova Friburgo é constituído de 2 distritos: Nova Friburgo e São Pedro.
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Pela lei estadual nº 1242, de 22-02-1915, o distrito de São Pedro volta a denominar-se Lumiar.
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Pela lei estadual nº 1809, de 25-01-1924, são criados os distritos de Amparo, Terras Frias e Estação do Rio Grande, e anexado ao município de Nova Friburgo.
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Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município de Nova Friburgo é constituído de 5 distritos: Nova Friburgo, Amparo, Estação do Rio Grande, Lumiar e Terras Frias.
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Assim permanecendo em divisões territoriais datada de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
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Pelo decreto-lei estadual nº 392-A, de 31-03-1938, o distrito de Terras Frias passou a denominar-se Campo do Coelho e Estação Rio Grande a denominar-se simplesmente Rio Grande.
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Pelo decreto estadual nº 641, de 15-12-1938, o distrito de Amparo passou a denominar-se Refúgio.
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No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 5 distritos: Nova Friburgo, Campo do Coelho ex-Terras Frias, Lumiar, Refúgio ex-Amparo e Rio Grande ex-Estação Rio Grande.
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Pelo decreto-lei estadual nº 1056, de 31-12-1943, o distrito de Rio Grande passou a denominar-se Riograndina.
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No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 5 distritos: Nova Friburgo, Campo do Coelho, Lumiar, Refúgio e Riograndina ex-Rio Grande.
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Pela lei estadual nº 1428, de 07-01-1952, é criado o distrito de Conselheiro Paulino ex-povoado e anexado ao município de Nova Friburgo.
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Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 6 distritos: Nova Friburgo, Amparo ex-Refugio, Campo Coelho, Conselheiro Paulino, Lumiar e Riograndina.
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Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1983.
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Pela lei estadual nº 1363, de 12-10-1988, homologado pela lei municipal nº 2107, de 02-04-1987, é criado o distrito de São Pedro da Serra, com área formada com parte dos distritos de Amparo e Lumiar anexado ao município de Nova Friburgo.
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Em “Síntese” de 31-XII-1994, o município é constituído de 7 distritos: Nova Friburgo, Amparo, Campo do Coelho, Conselheiro Paulino, Lumiar, Riograndina e São Pedro da Serra.
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Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
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Fonte: IBGE




PETRÓPOLIS

Tudo começou em 1830, quando D. Pedro I adquiriu a fazenda do Córrego Seco para construir uma residência na Serra, onde a Família Imperial pudesse escapar dos sufocantes verões da Quinta da Boa Vista.

Na Europa do século XIX, palácios especialmente construídos e vilas em locais privilegiados surgiram para marcar uma tendência que, partindo da nobreza europeia, chegaria mais tarde aos plebeus como um direito adquirido: as férias. Para o veraneio (ou “vilegiatura”, como se chamava então), os czares russos tinham a sofisticada São Petersburgo, assim como os reis da França, o Palácio de Versailles.

Dessa forma, no jovem Império brasileiro, os nobres também esperavam poder se dedicar, por alguns meses no ano, a um modo de vida mais descontraído, com altas doses de arte, diversão e contato com a natureza. Contudo, vários cidadãos respeitáveis da Corte torciam o nariz para esse projeto. Diziam que D. Pedro I escolhera mal. Tudo o que existia em Córrego Seco, rebatizada de Imperial Fazenda da Concórdia, era uma vila de passagem que mal podia oferecer o mínimo aos homens e cavalos que cruzavam as poucas ruas poeirentas, a caminho de Minas Gerais.

Para piorar a situação, o lugar destinado a abrigar o centro da cidade era pouco mais que um pântano, coalhado de insetos e sujeito aos caprichos de rios que, com frequência, escapavam dos leitos. Alguns ainda apostavam no empreendimento (dentre eles, o filho do Imperador, o menino Pedro, acostumado a temporadas inesquecíveis na fazenda vizinha, do Padre Corrêa). No entanto, em 1831, as reviravoltas da política levaram D. Pedro I a abdicar do trono e voltar para Portugal. O futuro D. Pedro II, príncipe criança, ficou para trás preparando-se para governar um país gigantesco, até então controlado por confusas regências.

Durante mais de 12 anos tudo parecia indicar que o projeto “Povoação – Cidade de Petrópolis” acabaria esquecido para sempre numa das gavetas de seu idealizador, o Mordomo Imperial Paulo Barbosa. Quem poderia retirar a Fazenda Imperial do esquecimento e torná-la mais do que uma simples vila de passagem, sempre coberta pela neblina? Para tal realização surgiu um homem acostumado a realizar obras em situações adversas que muitos consideravam impossíveis, o engenheiro militar Júlio Frederico Koeler.

Nascido no Grão-Ducado de Hesse-Darmstadt e naturalizado brasileiro, Koeler era um engenheiro militar. Em 1837, construiu vários trechos da Estrada Normal da Serra da Estrela e da Estrada do Itamaraty, sem utilizar mão-de-obra escrava. Para tanto, convenceu um grupo de colonos germânicos que aportara no Rio de Janeiro - e que estava insatisfeito com o tratamento recebido no navio Justine - a ficar no Brasil, desistindo de imigrar para a Austrália.

Convencido de que aquele era o homem mais indicado para edificar, do nada, a sua cidade, D. Pedro II assinou, em 16 de março de 1843, o decreto 155, pelo qual arrendava a Koeler a Imperial Fazenda da Concórdia, ex-Córrego Seco, com a condição de que ele edificasse, não apenas o povoado, mas também o Palácio de Verão, uma igreja e um cemitério.

Recordando-se da experiência bem sucedida com os colonos do Justine, Koeler trouxe cerca de dois mil colonos germânicos para Petrópolis ao longo do ano de 1845 e cumpriu sua promessa. De seu empenho emergiu a Petrópolis Imperial, primeira cidade planejada da América Latina, com seus rios domados e contornados por jardins, pelo seu palácio, pelos casarões, pelas praças e pelos recantos privilegiados.

A partir disso, o destino estava traçado. A menina dos olhos do Imperador estava fadada a uma vocação grandiosa. Um encanto que ainda se renova para os visitantes – e para aqueles que têm o privilégio de viver aqui.

Fonte: Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis











SANTA MARIA MADALENA

O desbravamento da região, hoje ocupada pelo município de Santa Maria Madalena, data de 1840, quando por ali passou o português Manoel Teixeira Portugal. Logo depois, se estabeleceu no local o mateiro José Vicente, que ali chegou em perseguição a negros fugitivos e armou um rancho no mesmo local do antecessor.
Segundo a lenda, as referidas terras foram cedidas em troca de uma espingarda de fabricação suíça ao padre Francisco Xavier Frouthé, que doou parte delas para edificação de uma capela em homenagem a Santa Maria Madalena, em cumprimento de promessa.   

Se do fato, com aparência de lenda, não há senão notícia oral, existe, todavia, a escritura lavrada em notas do escrivão de paz Antônio Leoclat, da freguesia de São Francisco de Paula, terceiro Distrito da Vila de Cantagalo, em 20 de abril de 1850, que vem abonar em parte a afirmativa tradicional.
Devido aos pântanos cheios de barro branco, os viajantes que demandavam a estrada Cantagalo-Macaé, davam ao local o nome de Tabatinga, que foi a primeira denominação do Arraial do Santíssimo, atual cidade de Santa Maria Madalena.
A elevação à categoria de freguesia se deu em 1855 e à de vila em 1861, desmembrada do termo de Cantagalo e tendo anexadas a si as freguesias de São Francisco de Paula e São Sebastião do Alto. Destacou-se na luta pela elevação a município o coronel Braz Fernandes Carneiro Viana, cunhado do Duque de Caxias. Santa Maria Madalena passou à categoria de cidade em 1890.











FONTE: https://www.google.com.br/


SÃO JOSÉ DO VALE DO RIO PRETO

  A povoação dos Sertões do Rio Preto se deve em princípio às proximidades com os caminhos para as Minas Gerais e com o mercado consumidor da então Capital, Cidade do Rio de Janeiro. Estávamos situados entre estes dois pólos de desenvolvimento.  Muitas de nossas estradas foram vias de escoamento da produção das fazendas originárias das antigas sesmarias distribuídas na região que remetiam os seus produtos para o Rio de Janeiro ou para as Minas Gerais. Algumas estradas serviam como desvios para os carregamentos de ouro que não queriam passar pelos Registros.
                        Com a queda da mineração, aumentou o número de sesmarias doadas na região. D. João VI distribuiu sesmarias e incentivou o plantio de café que veio a se constituir na nova riqueza nacional. Na Província do Rio de Janeiro, a cultura do café produziu os seus primeiros efeitos com a criação das grandes fazendas e o surgimento dos Barões do Café. Em São José, podemos citar como exemplos dessa nobreza latifundiária os Barões de Águas Claras e de Bemposta. A Fazenda de Águas Claras teve a honra de hospedar D. Pedro II e seus familiares.

                      

À Cafeicultura deve São José a construção das grandes sedes de fazendas, tais como as das Fazendas do Calçado Grande, Nossa Senhora do Belém, Sossego e Águas Claras. A lavoura do café aumentou, consideravelmente, o emprego da mão-de-obra escrava, o que resultou em toda a Província na presença maciça do elemento negro que tanto contribuiu, com seu trabalho, para a efetivação de um novo ciclo de desenvolvimento implantado no Vale do Paraíba.
                        Os primeiros povoados da região do Rio Preto foram constituídos pelas famílias mineiras que atravessavam o Paraíba em busca de novas terras para a agricultura, depois da queda da atividade de mineração. Também vieram os plantadores de café, trazendo a experiência do plantio realizado em outras regiões da Província. Completaria este quadro a presença de colonos portugueses e, a seguir, de italianos.
                        O ciclo do café começou a desmoronar-se com o esgotamento do solo, a libertação dos escravos e a queda internacional do preço do produto,  de 1888 a 1929.
                        A crise que se seguiu à derrocada do café fez com que a região do Rio Preto, a exemplo de outras, sofresse um período de retrocesso econômico. Casas comerciais se fecharam, o que afetou diretamente o crédito agrícola, os trilhos da via férrea foram retirados, as grandes fazendas foram despovoadas e a política dominante dos proprietários de terras entrou em declínio.  Muitas famílias venderam os seus bens e foram para outras regiões.
                       Um novo ciclo econômico foi paulatinamente se instalando em São José do Rio Preto, através da  avicultura que trouxe de volta o desenvolvimento e representou, a princípio, um fator econômico altamente socializante, pois as famílias com o manejo fácil de 3 ou 4 galinheiros, podiam ganhar o seu sustento, com a participação da mulher e dos filhos e ainda deixando livre o chefe da família para exercer outra atividade paralela.
                       O ciclo da avicultura harmonizou-se com a agricultura, com o fornecimento de adubo para a lavoura. A olericultura tomou grande vulto na economia riopretana.
                       De 1950 a 1960, no auge da avicultura, São José do  Rio Preto foi considerado o maior centro avícola da América do Sul.
                       Começaram, nesta época, a surgir novos loteamentos, comércios, colégios, hospital, etc, trazendo o crescimento e progresso a São José do Rio Preto.
                       De acordo com registros históricos São José do Vale do Rio Preto teve as seguintes denominações:

Povoado de São José da Serra Acima -  1813;

· Freguesia de São José da Serra – 1823;

· Freguesia de São José do Rio Preto – 1825;

· Paranaúna – 1944;

· São José do Rio Preto – 1947;

· São José do Vale do Rio Preto – 1987.

                        Como era de se esperar, este imenso território da Freguesia de São José do Rio Preto que já era um desmembramento da antiga Freguesia de Inhomirin, sofreu vários desmembramentos no decurso da História da Província Fluminense. Dela foram desmembradas a Freguesia de Cebolas e o Curato de Matosinho, em 1839, a Freguesia de Nossa Senhora Aparecida, em 1842, a Freguesia de São Pedro de Alcântara, em 1846 (origem do Município de Petrópolis) e finalmente, a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Bemposta, em 1855.
                       A futura cidade de Petrópolis, bem como a área que formou o seu município na bacia do Piabanha, constituíam  um simples Curato daquela freguesia e obedeciam administrativamente às autoridades de São José do Rio Preto.
                       O decreto de 15 de janeiro de 1833,  deu à povoação de Paraíba do Sul o predicamento de vila, compreendendo São José do Rio Preto, com sua paróquia e sua administração policial e judiciária como parte do novo município.
                       Com a efetivação da lei nº 961, de 29 de setembro de 1857, foi  conferida à Colônia de Petrópolis os foros de Cidade. Porém, não  lhe coube o território de São José do Rio Preto, a fértil bacio do Rio Preto conservou-se dependente da administração de Paraíba do Sul.
                       O Decreto nº 01, de 08 de maio e nº 01A, de 03 de junho de 1892, incorporou a Freguesia de São José do Rio Preto a Petrópolis como seu 5º Distrito.
                       Sob a administração de Petrópolis, São José do Rio Preto sofreu amputações territoriais.
                       São José do Rio Preto conseguiu sua emancipação e surgiu o Município de São José do Vale do Rio Preto.












SÃO SEBASTIÃO DO ALTO

São Sebastião do Alto surgiu na metade do século XVIII. Era habitado por índios Coroados e Goitacás. A principal causa do desbravamento da região foi a procura do ouro às margens dos rios Negro e Grande.

Manoel Henrique, bandoleiro lusitano conhecido por mão-de-luva, era quem chefiava os garimpeiros entre os anos de 1779 e 1786.

A exploração não era autorizada pelo vice-rei D. Luís de Vasconcelos e Souza que foi obrigado a tomar medidas proibindo este tipo de atividade. Muitos garimpeiros desistiram da atividade e a grande maioria se lançou para outras terras. Atribuiu-se aos remanescentes dos garimpeiros fracassados a criação do Arraial de São Sebastião, elevado a curato em 1852.

Em 28 de Setembro de 1855 foi elevado a categoria de freguesia. Em 1861 São Sebastião do Alto foi desmembrada do município de Cantagalo, passando a constituir parte integrante da comuna então criada. Em 17 de abril de 1891 de freguesia passou a vila.

Em 8 de Maio de 1892 foi extinto passando para jurisdição São Francisco de Paula. Finalmente, em 7 de Dezembro de 1892 era restabelecido o Município de São Sebastião do Alto.






SUMIDOURO

As primeiras referências à região, pertencente à época à freguesia do Santíssimo Sacramento de Cantagalo, dizem respeito a uma capela construída em 1822, destinada ao culto de Nossa Senhora da Conceição do Paquequer. Em 26 de abril de 1842, a região foi transferida para a freguesia de Nossa Senhora de Aparecida, e, em 31 de maio de 1843, a localidade foi ela própria elevada a freguesia, com o nome de "Nossa Senhora da Conceição do Paquequer", inserida no município de Nova Friburgo. Em 13 de outubro de 1881, com a elevação à condição de vila da freguesia de Nossa Senhora do Monte do Carmo, a freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Paquequer foi transferida de Nova Friburgo para aquela.
Historicamente, a economia da localidade se restringiu às culturas do café, milho, feijão, batata e outros, com emprego de escravos. Mesmo com a abolição da escravatura, em 1888, a economia local ainda manteve o crescimento por algum tempo e em 10 de junho de 1890, ocorreu a elevação a vila e criação de novo município, já com o nome de "Sumidouro".
Na primeira metade do século XX, a economia não se desenvolveu muito, dada a precariedade dos meios de transporte e de comunicação. A despeito dessa relativa estagnação, a sede do município foi elevada a cidade em 27 de dezembro de 1929.










TERESÓPOLIS

Verde. Tons variados e subtons de verde, envolvem a cidade de Teresópolis. No topo da Serra dos Órgãos, a paisagem é, também, a forma das montanhas e picos conhecidos mundo afora. Como o Dedo de Deus, marco do alpinismo. Ou a Pedra do Sino, porto seguro de quem não escala, mas também não abre mão de caminhar para chegar às nuvens.

No entorno da cidade decoram a paisagem, de Mata Atlântica, árvores e flores de todas as cores. E uma fauna rica, ainda não totalmente identificada e pouco estudada, pode ser percebida numa simples incursão ao Parque Nacional da Serra dos Órgãos.

A geografia de Teresópolis é, também, uma consequência da História. O município aconteceu porque, por aqui, descia no rumo da Baía de Guanabara, parte dos carregamentos do comércio colonial: ouro das Minas para Portugal e Inglaterra.

  
E há quem diga que o próprio alferes, Joaquim José da Silva Xavier, escolheu uma estalagem – desaparecida quando da implantação da Rio-Bahia - para passar algumas noites. Eram tempos de conspiração nas Gerais e Tiradentes passava pelas terras de Teresópolis para ter contato com os conjurados da cidade do Rio de Janeiro. 

A cidade, contam os historiadores, homenageia a Imperatriz Teresa Cristina, casada durante muitos anos com D. Pedro II. É provável que a família imperial tenha se encantado com as belezas naturais e o clima da serra e, em terras de Teresópolis, tenha desfrutado de períodos de férias.

Mas as origens da cidade são mais recentes. Datam da primeira metade do século XIX. Embora a primeira descrição oficial tenha sido feita em 1788, por  Baltazar da Silva Lisboa - que em seu relato descrevia a serra e também a Cascata do Imbuí - foi a partir de 1821 que a região começou a ser ocupada. Nessa época, o português de origem inglesa George March adquiriu uma grande gleba e transformou-a em fazenda modelo.



A fazenda ficava onde está, atualmente, o Bairro do Alto e era chamada de Santo Antônio do Paquequer ou, talvez, Sant´Ana do Paquequer. Assim, esse  primeiro povoado se formou, ao longo do caminho que ligava a Corte à província das Gerais. Foi o início do desenvolvimento da agricultura, da pecuária e do veraneio da região.

O crescimento do pequeno núcleo se verificou no sentido norte-sul, época em que comerciantes vinham de Minas Gerais em direção ao Porto da Estrela, nos fundos da Baía de  Guanabara, passando antes por terras de Petrópolis. Teresópolis era, então, um ponto estratégico de repouso. Só mais tarde é que o fluxo foi alterado para o sentido sul-norte, com a ferrovia que ligava a cidade ao Rio de Janeiro.

Lentamente, o povoado foi se desenvolvendo, passando à categoria de freguesia - Freguesia de Santo Antônio do Paquequer - em 1855. Somente em 06 de julho de 1891, através do decreto de nº 280, do então Governador Francisco Portela, a freguesia é alçada à condição de município, passando a denominar-se Teresópolis, devidamente desmembrada do município de Magé.


Daquela época até os dias atuais, a cidade continua atraindo milhares de visitantes e até mesmo novos moradores que, como a família imperial, vêm em busca do clima privilegiado, da natureza exuberante, da beleza de sua paisagem, da tranquilidade, além de outros atrativos naturais e culturais.


















FONTE: http://teresopolis.rj.web.br.com/


TRAJANO DE MORAES

Trajano de Moraes abriga invejável patrimônio arquitetônico e cultural como a Igreja de São Francisco de Paula, O Fórum de Visconde de Imbé, o Grupo Escolar João de Moraes Martins, a Igreja Presbiteriana do Retiro e fazendas históricas, ressaltam a importância do município no contexto histórico e cultural no do país.
  A antiga cidade de São Francisco de Paula, que se transformou no município de Trajano de Moraes, começou a ser povoada em 1801 por fazendeiros que se ocupavam de agricultura e da criação de gado de corte e leiteiro.
  Naquela época, os povoados sempre começavam em torno de pequenas capelas ou igrejas. Este se ergueu em torno de uma casa de oração, cujo padroeiro era São Francisco de Paula e que pertencia ao Curato de Santa Maria Madalena.
  Em 1846, o município foi elevado à categoria de Freguesia, graças à influência de José Antônio de Moraes, rico proprietário nascido no Vale do Imbé e dono da Fazenda Aurora.
  Ao mesmo tempo, as terras de outro rico fazendeiro foram cedidas para a implantação da área urbana da cidade. Dessa forma, foi feita a construção da Matriz de São Francisco de Paula – com recurso dos irmãos fazendeiros José Antônio e Elias de Moraes.
  Em 1891, São Francisco de Paula foi transformado em município com a presença de autoridades e nobreza da região. Logo após a linha de trem, chegou a Estação de Aurora (hoje Visconde de Imbé). O progresso foi então acelerado, a cidade ganhou prédios importantes, mansões, uma praça, hotel de luxo e outros símbolos de riqueza e dinamismo, inclusive dois jornais de circulação semanal.









FONTE: 
Cíntia Neves Heizer
Secretaria Municipal de Cultura
Trajano de Moraes - RJ

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